quarta-feira, 25 de maio de 2011

Reforma do Maracanã Rio de Janeiro para a Copa do mundo

A imagem de um Maracanã imponente e lotado de torcedores, como se via há menos de um ano, desmorona para quem o visita atualmente. O futuro palco da final da Copa de 2014 é um enorme esqueleto cinza misturado a entulhos, fisionomia típica de um local em plena obra.

Após a demolição da arquibancada inferior, concluída neste mês, os operários finalizam a demolição do anel superior. Ao mesmo tempo, a Secretaria Estadual de Obras (Seobras) informa que já começou a construção das novas rampas de acesso.

O entulho da obra será reciclado. Para isso, uma máquina separa o concreto das estruturas de ferro. O material é triturado e transformado em brita que será usada para aterrar o subssolo da obra.

O entulho já foi retirado em parte do estádio. A ideia do governo estadual é que após a limpeza completa do estádio as construtoras comecem a construção das novas arquibancadas inferiores.

 Concreto e estruturas de ferro da demolição da arquibancada inferior (crédito: Vanessa Cristani/Portal 2014)

CoberturaUm dos maiores imbróglios em relação às obras do Maracanã diz respeito à cobertura. Após ser condenada em janeiro deste ano, constatou-se que a marquise deveria ser refeita. Como o Maracanã é tombado, a mudança teve que ser aprovada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o que se concretizou na primeira quinzena deste mês.

A nova cobertura será construída por lonas tensionadas por estruturas de aço. Atualmente a cobertura do estádio é feita de concreto armado.

Custo
Com a nova etapa da obra, que não estava prevista no projeto original, calcula-se que o custo da reforma do Maracanã passará dos atuais R$ 705 milhões (R$ 305 milhões dos cofres estaduais e R$ 400 milhões de financiamento do BNDES) para mais de R$ 1 bilhão.

Segundo o vice-governador e secretário estadual de obras, Luiz Fernando Pezão, o estado mantém a expectativa de que, se houver algum acréscimo, chegue-se no máximo a R$ 850 milhões. Mas admite que o valor pode aumentar.

“O governo insistirá para que a obra fique dentro do que foi acertado, ou seja, R$ 705 milhões. Entretanto, com a nova cobertura, o custo pode chegar até o valor máximo previsto em contrato, que seria R$ 1 bilhão”.

No dia 17 de maio deverá ser entregue ao Tribunal de Contas da União (TCU) e Controladoria Geral da União (CGU), em Brasília, o projeto executivo e o orçamento final do estádio, incluindo a reforma da cobertura.

Mesmo com a renovação integral da cobertura a Seobras afirma que o estádio ficará pronto no prazo acertado com a Fifa: dezembro de 2012. Para isso, segundo a secretaria, no próximo mês será contratado um segundo turno de funcionários e, havendo necessidade, o estado pretende implantar um terceiro turno, completando 24 horas de atividade.

O trabalho extra, diz a Seobras, deve começar após a contratação de novos funcionários pelo consórcio que toca a obra (Andrade Gutierrez, Delta e Odebrecht).

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