terça-feira, 28 de junho de 2011

Reforma do Maracanã deixa torcedor mais perto do campo

As obras de reforma e adequação do Maracanã para a Copa de 2014 vão permitir ao torcedor assistir aos jogos de posição privilegiada e, como nos estádios americanos e europeus, ficar mais perto do campo.
Quando a obra estiver concluída, os dois níveis da torcida vão se encontrar, separados apenas por uma linha de camarotes. A parte de baixo, onde ficavam as cadeiras azuis, será elevada em cerca de cinco metros. A parte de cima vai avançar 12 metros em direção ao campo. Os 100 camarotes que ocupam o patamar acima das arquibancadas serão removidos. Em substituição, serão construídos 110 camarotes que, no meio dasarquibancadas, terão melhor visão do campo. A mudança também representará um ganho para o grande público, que, com a remoção das construções na parte alta do anel, terá de volta a ventilação do projeto original da construção.
- O anel inferior foi demolido para que as arquibancadas sejam prolongadas até o nível do gramado, como exige a Fifa. Com isso, vamos melhorar a visibilidade dos torcedores e eliminar os “pontos cegos” – afirmou osubsecretário executivo de Obras, Hudson Braga.
O torcedor vai ficar mais perto do campo, como em estádios americanos e europeus

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Salvador escolhe transporte sobre trilhos para a Copa de 2014

 
Bahia anuncia escolha de modal de transporte público (crédito: Elói Corrêa/Secom)
 

 
Karlo Dias - Salvador
postado em 21/06/2011 19:09 h
atualizado em 22/06/2011 12:40 h
 
Dois meses de estudo, sete propostas diferentes, e algumas dúvidas quanto ao modal, este foi o resultado do Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para o sistema de mobilidade urbana que será implantado em Salvador até a Copa de 2014.
O sistema escolhido para cumprir a primeira etapa do programa que vai interligar o município de Lauro de Freitas e Salvador será multimodal, feito através de um sistema estruturante, de 22 km sobre trilhos. A linha sairá do aeroporto, passará pela paralela chegando à estação Acesso Norte, na Rótula do Abacaxi. Não se sabe, no entanto, se o veículo utilizado será metrô ou monotrilho.
Paralelo a isso, serão utilizadas linhas de BRT nas vias alimentadoras, como as avenidas Pinto de Aguiar, Dorival Caymmi, Jorge Amado e Orlando Gomes, que ligam a Paralela à Orla de Salvador, além do ônibus convencional. 
O anuncio oficial foi feito pelo secretários Zezéu Ribeiro, de Planejamento, e Ney Campello, da Copa, durante a coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (21).
“A PMI encerrada hoje não aponta um vencedor. As informações coletadas farão parte dos critérios que serão estabelecidos no Termo de Referência, que será divulgado nos próximos 45 dias”, disse Ribeiro.
Além disso, serão realizadas audiências públicas. "A partir do termo serão estabelecidas as diretrizes do edital de licitação ou das licitações, a depender do que se estabeleça”, afirmou o assessor especial da Secretaria de Planejamento, Alberto Valença, que coordenou o Grupo de Trabalho que atuou durante a PMI. A expectativa do governo é que o processo licitatório seja concluído até 30 de dezembro e a obra seja entregue no início de 2014.
Elementos como custo dos projetos, tempo médio de viagem, velocidade média, projeção dos custos de passagens, malha de cobertura do sistema, não foram questionados ou avaliados durante a apresentação. “Temos um rico material apresentado pelas empresas, vamos aproveitá-lo para definir como será o projeto final elaborado pelo governo”, falou Ribeiro. O secretário não respondeu quem vai elaborar o projeto e quais serão as diretrizes.
Quanto ao modelo de gestão, o secretário destacou que será uma gestão única e integrada, que também administrará o atual sistema de metrô que liga a estação da Lapa à Rótula do Abacaxi. Sobre o formato da concessão, no entanto, nada foi abordado. Das sete propostas apresentadas, sabe-se que algumas apostam no modelo de Parceria Público-Privada (PPP).
O custo das propostas gira em torno de R$ 2,6 bilhões e R$ 3 bilhões. Em uma primeira etapa, elas atenderiam às necessidades de mobilidade para a Copa de 2014, mas, em um segundo momento, seriam ampliados para atender à demanda de toda a cidade, com possibilidade de atingir áreas como Pirajá, Cajazeiras e Subúrbio Ferroviário. O projeto de mobilidade urbana contará com investimentos de R$ 570,3 milhões, já disponíveis pelo Ministério das Cidades por meio do PAC Copa, e mais R$ 2,4 bilhões do PAC da Mobilidade Urbana.
Após o anuncio oficial, representantes do governo do estado se reuniram com a prefeitura de Salvador para discutir as peculiaridades de cada projeto. Nos bastidores, há indicativos de que não há concordância quanto as definições do modal. 



 Fonte:copa2014.org.br

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Várias obras menores com risco reduzido

Por Francisco Góes (Revista Valor 1000)


É visível como a Delta Construções multiplica as áreas de atuação e É agrante como isso se dá com elevada liquidez corrente ( 6,84 pontos. contra uma média de 2.29 do setor) e um baixíssimo nível de endividamento oneroso (de 3,6% em relação ao seu patrimônio líquido). Pela primeira vez campeã setorial de Valor 1000, a Delta destaca-se, ainda, pela liderança em crescimento sustentável. embora tivesse pontuação também em receita líquida e liquidez corrente.
Não se pode dizer que os resultados econômicos da Delta, em 2008, foram espetaculares do ponto de vista da rentabilidade. O lucro liquido de RS 100,9 milhões, ficou mesmo 22,2% abaixo do obtido no ano anterior. Mas a empresa expandiu bem os seus negócios, com receita de mais de
R$ 1,2 bilhão, 18,1% superior ã de 2007. Desse faturamento, 4S% dizem respeito a obras de infraestrutura. 30% a obras especificamente rodoviárias (que, aliás, estão na origem da companhia), 15% a projetos especiais e edificações, 5% à incorporação e os 5% restantes a “outras obras”.
Fernando Cavendish Soares, 46 anos, filho do fundador, acionista controlador e presidente do conselho de administração, conta que, em 2008, parte importante da receita (80% dela no setor público) deveu-se a um volume signicativo de obras de engenharia de pequeno e médio portes, de baixo valor médio, que põe em movimento grande parte de seu efetivo de mão de obra, com a vantagem adicional de diluir riscos. No ano passado. a Delta tinha em carteira 362 projetos, com valor médio unitário de R$3,6 milhões e empregava diretamente, em 22 Estados, 16 mil pessoas.
Soares assumiu o comando da empresa em 1995, aos 31 anos, depois de se formar engenheiro e passar um período, no início da década de 90, no Recife, conhecendo o negócio fundado em 1961 pelo pai, Inaldo Soares. Naquele período, a Delta ainda era uma empresa regional com foco em obras rodoviárias nos Estados de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Transferiu a sede para o Rio de janeiro, expandindo para lá novos negócios de porte maior, sem largar, é claro, o mercado já conquistado no Nordeste. “A empresa soube ganhar dinheiro em obras de todos os portes”, conta o executivo. Ali passou a diversicar as atividades, incluindo, além das estradas. saneamento, infraestrutura urbana (como drenagem, pavimentação e águas pluviais), habitação, construções de hospitais e edifícios para a justiça). Foi também no Rio que a Delta desenvolveu projetos especiais, como o Estádio Olímpico João Havelange, a Cidade do Samba e a Cidade das Crianças. A diversificação levou a Delta a entrar em novas áreas de negócios, o que motivou uma grande reestruturação. Formou-se uma holding, a Delta Participações, para agrupar todas as novas e antigas atividades. Sob as asas da holding, criaram-se empresas para gerenciar negócios nas áreas de energia,  incorporação e petróleo e gás. “Na área de óleo e gás compramos uma empresa, a Sigma, e buscamos novos negócios junto à Petrobras.”
Também foi constituída a empresa Delta Energia para administrar atividades na área de energia elétrica, segmento que a companhia entrou a partir do êxito em um leilão para construção e operação de três linhas de transmissão.”Na área ambiental, já fazemos trabalho de coleta de lixo, varrição e aterro sanitário e achamos importante criar uma nova empresa, A Delta Ambiental, responsável pela gestão dos contratos”, acrescenta Soares.
A nova estrutura representa uma mudança em relação ao perfil da empresa no início deste século. “De meados dos anos 90 até 2000, nós nos concentramos em ganhar musculatura”, explica o presidente. “De 2000 para cá, a Delta destacou-se entre as empresas da área de engenharia e construção no Estado do Rio, além de expandir a presença para o Nordeste.” Também entrou no segmento de incorporação tanto no Rio quanto no Espírito Santo, onde começou com prédios para classe média baixa e depois apostou em projetos para público de renda mais alta. O fato é que em oito anos. a companhia multiplicou por dez o seu faturamento, que era de RS 120 milhões no início do século.
Para 2009, Soares prevê que a receita da empresa possa se expandir entre 15% e 20% em relação a 2008. '’A economia já dá sinais de recuperação e acreditamos que 2009 e 2010 não serão tão ruins como se previa no fim do ano passado", estima o executivo. A perspectiva apoia-se no fato de que parte significativa da carteira da Delta tem projetos incluídos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que ganharam importância na crise atual, dada a prioridade concedida pelo Estado aos investimentos que possam ajudar na recuperação mais rápida da economia. Um dos projetos do PAC nos quais a Delta participa, em consórcio com outras empresas, é a instalação de um teleférico no Complexo do Alemão, conjunto de favelas da zona norte do Rio, como forma de melhorar a infraestrutura urbana na região.
A estratégia da empresa é toda concentrada no Brasil. Por enquanto, a Delta não planeja se internacionalizar, como fizeram outras empresas de engenharia e construção. E também deve continuar com o capital fechado, nas mãos da família.