segunda-feira, 23 de maio de 2011

Arena da Baixada fica mais cara

Em reunião ontem (5) com a Comissão da Copa da Câmara dos Vereadores de Curitiba, a diretoria do Atlético Paranaense informou que não vai arcar com novas despesas para a reforma da Arena da Baixada, estádio do Copa na capital paranaense.
A reunião foi solicitada pela diretoria do Atlético, que quis apresentar detalhes dos trabalhos e discutir sua parte no orçamento de obras, que subiu R$ 40 milhões recentemente devido a exigências, como a substituição de cadeiras, e aumento no custo de mão de obra.
A reunião trouxe à tona um novo imbróglio entre a prefeitura curitibana, o governo do estado e o clube, após a longa negociação no ano passado sobre como deveria ser o financiamento dos R$ 135 milhões necessários para a reforma Arena da Baixada. Esta negociação culminou na alteração na lei municipal e a liberação do potencial construtivo de R$ 90 milhões para o clube.
Novas exigências
O aumento do custo das obras em R$ 85 milhões, totalizando R$ 220 milhões (acréscimo de 63%), sem isenções de impostos, pode paralisar o cronograma de obras caso o Atlético mantenha sua decisão de não gastar mais do que os R$ 45 milhões já previstos anteriormente. Já o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano calculou em R$ 175 milhões o valor total a ser gasto.
O aumento do custo se deve a novas exigências da Fifa, não previstas nos encargos anteriores, que devem consumir cerca de R$ 30 milhões, além de outras relacionadas à execução da obra.
Segundo o presidente do Conselho Administrativo do Atlético, Marcos Malucelli, o clube gastou 50% a mais do que seriam necessários para a modernização da Arena. “Com R$ 30 milhões já deixaríamos o estádio modernizado. Estamos colocando R$ 15 milhões a mais do que precisaríamos. O Atlético não colocará mais dinheiro em obras”, ressaltou.
Entre as novas exigências da Fifa estão a construção da sala de imprensa com área de 5 mil metros quadrados, estimada em R$ 12 milhões; a colocação de 41 mil novas cadeiras reclináveis, R$ 11 milhões; ampliação do número de geradores de 170 para 360, R$ 3 milhões; sistema de ar-condicionado climatizado, R$ 1,5 milhão; e rebaixamento e drenagem nova no campo, R$ 1,5 milhão.
“A sala de imprensa estava prevista para ser construída na área interna, mas agora mudou. Teremos também a troca do lugar dos vestiários, que será no meio de campo”, disse Malucelli.
O presidente da comissão, vereador Pedro Paulo (PT), prevê um novo impasse sobre o custo da obra. “Curitiba não deixará de ser sede, mas teremos que ver uma forma de agir em parceria com o clube na busca de soluções, mas não poderemos envolver dinheiro público nesse problema”, afirmou.
O impasse também deixará o cronograma de obras atrasado. “Não há como uma empresa vencer a licitação e no dia seguinte instalar seu canteiro de obras. Em junho não teremos nada”, disse Malucelli.
Uma nova reunião marcada para a próxima semana deve indicar a alternativa a ser tomada pelas autoridades e também a diretoria do clube.

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